quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Um furacão chamado Maria Gadu
Aos 23 anos, Maria Gadu (não entendo a insistência de colocar um acento no u, contrariando as regras da Língua Portuguesa, e recuso-me a acompanhar) já é um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira. Gravou apenas um disco no ano passado e estourou com Shimbalaiê, que entrou para a trilha sonora de Páginas da Vida, da Globo.
De visual exótico, lembra muito a saudosa Cássia Eller, mas de estilo bastante diferente e voz mais bem colocada e melodiosa. Apenas um ponto em comum: Cássia gravou Non, Je Ne Regrette Rien, sucesso na voz de Edith Piaf, enquanto Gadu investiu em Ne Me Quitte Pas, outro grande sucesso da música francesa na criação magistral de Jacques Brel.
Enquanto Cássia tinha uma voz poderosa bastante característica, Maria Gadu apresenta uma técnica vocal capaz de causar arrepios ao interpretar A História de Lili Braun (usada na abertura da missérie global Cinquentinha), de Chico Buarque e Edu Lobo. Seu único CD (ela se prepara para gravar o primeiro DVD) já chegou ao Disco de Ouro nesta época em que os downloads na Internet estão matando as lojas especializadas em CDs e DVDs musicais.
Além de ser grande cantora e compositora, Maria Gadu também teve sorte: paulistana, depois de seis meses no Rio de Janeiro, fez amizades importantes e conseguiu assinar contrato com a Som Livre, gravadora da Globo que coloca todos os seus contratados em programas da emissora.
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