segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dois filmes que me fizeram chorar

Não é preciso muito para me emocionar. Um sorriso, uma gentileza, a espontaneidade infantil são suficientes. O amor incondicional de minha cachorrinha Belinha também. As demonstrações de afeto da Drika idem. Assim como o amor da minha Preta. Gosto de cinema, já fui um ‘viciado’ em filmes e também me emociono com histórias, música e atores numa tela grande. Assim como na vida, porém, poucas coisas me fazem chorar. Nestes meus 48 anos de idade, apenas duas vezes chorei assistindo a um filme. Fora A Lontrinha Travessa, quando eu tinha uns oito anos, na fase adulta chorei com apenas dois filmes, completamente diversos entre si mas que deixaram em mim uma marca bastante profunda. A última vez foi no domingo passado, quando fui assistir a pré-estréia de Nosso Lar, filme baseado em livro homônimo psicografado por Chico Xavier, contando a história do autor, o médico André Luiz, antes e depois de sua morte. Obra emblemática do espiritismo, Nosso Lar tinha tudo para não dar certo na tela, por conta das minúcias da história e as exigências da pós-produção. Porém, o roteirista e diretor Wagner de Assis acertou em cheio: do elenco, poucos são os atores conhecidos – entre eles Werner Schünemann, Ana Rosa, Othon Bastos e Paulo Goulart. E a escolha não poderia ter sido mais certa: Renato Prieto (foto), conhecido no teatro por suas produções espíritas, dá vida a André Luiz de forma comovente, ao lado de Selma Egrei. O encontro dos dois após a morte em Nosso Lar levou-me às lágrimas, comovente e tocante. Devem-se destacar ainda a fotografia (do canadense Ueli Steiger), a música de Philip Glass e os efeitos especiais da Intelligent Creatures, também canadense. O filme tem estréia nacional no dia 3 de setembro. Outro filme que me levou às lágrimas foi Capricho dos Deuses (Meeting Vênus, 1991), dirigido pelo genial húngaro István Szabó, autor de obras importantes do Leste Europeu pré-queda do Muro de Berlim. A história do filme mostra a tentativa de se montar a ópera Tanhäuser, de Wagner, na Itália. A história é fraca, previsível, com o romance entre a diva (Close) e o maestro. Mas a execução de partes da ópera (Richard Wagner sempre me emocionou às lágrimas) fizeram-me chorar, assistindo o filme numa das madrugadas da Globo. Pena que não exista em DVD.

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